O Poema vestido de Poesia é apenas uma ponte
que liga esse "nós comum" ao "nós supremo", aquilo que realmente somos......
E a travessia, é o entendimento e o encontro com o "nós verdade"...
Se assim não fosse, qual a razão de um Fernando Pessoa?
Andei léguas de sombra
Andei léguas de sombra
Dentro em meu pensamento.
Floresceu às avessas
Meu ócio com sem-nexo,
E apagaram-se as lâmpadas
Na alcova cambaleante.
Tudo prestes se volve
Um deserto macio
Visto pelo meu tato
Dos veludos da alcova,
Não pela minha vista.
Há um oásis no Incerto
E, como uma suspeita
De luz por não-há-frinchas,
Passa uma caravana.
Esquece-me de súbito
Como é o espaço, e o tempo
Em vez de horizontal
É vertical.
Fernando Pessoa
imagem: Google
7 comentários:
LINDÍSSIMA "ponte"... Sempre antenadinha,heim? beijos,tudo de bom,chica
Oiiiiiii, amigamada!!
Nussa, que saudade!!
E chegar aqui e encontrar uma postagem assim, faz um bem imenso ao coração!
Sabe que fico pensando sempre nessas "pontes" que vc faz e acho ótima a facilidade que vc tem de analisar, ponderar, refletir e escrever sobre as coisas... Sou fã, viu? rss
E adorei teu comentário na minha crônica-camarão! kkkkkk! E foi tudo a mais pura verdade! rss
Um beijoooooooo! Amo você!
Gaivota querida,o teu verso é uma ponte para o infinito e nos leva ao sonho,à magia e ao encantamento.
E,acompanhado do Poeta maior,trazem luz e cor,ternura e brilho a esta primavera que explode em aromas e cantos de cigarras e passarinhos.
Bjssssss,amiga,
Leninha
Que maravilhosa sua escolha!Um poema simplesmente maravilhoso!Vim tb agradecer sua visita a minha entrevista no Mix!Valeu mesmo pela força!Bjs e bom fim de semana!
PS- Obrigada por postar meu livro por aqui tb!Bjs,
Sabe, Gaivota,
Nesses tempos de me redescobrir como parte do todo, me foram emprestados (ou confiados, não sei bem), um sem número de novos conhecimentos.
Milhares de partículas de uma Verdade, homeopaticamente, transferidas à minha ignorância terrena, me fazendo melhor a cada dia.
Pouco sei de vc além do muito que sei. Mas, sei o bem que me faz ouví-la e sabê-la amiga.
Pontes? Elos inadiáveis a unir criaturas ao Criador, amigos à amigos, fazendo de Itaara, por
exemplo, um espaço limítrofe ao muro de nossa casa.
Meu carinho (sempre),
Anderson Fabiano
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