domingo, 20 de abril de 2008

Insones



Ah! Noite insone 
que nos maltrata, nos judia, 
nada mais nos resta 
a não ser fazer poesia! 
Ah! Poesia que nos redime, 
que maestria tens em soltar-se, 
volatizar os medos que reprime, 
deixando a verdade revelar-se! 
Ah! Revelações de odes ocultas, 
que o desejo recita de modo insonoro, 
coração taciturno, só tu escutas, 
e pressentes perfumes, ao olfato inodoro! 
AH! Inodora água que lava 
essa culpa, essa sombra projetada, 
que se instala, ludibria e se crava,
no sentir dessa alma transtornada...


gaivotadourada



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