terça-feira, 23 de agosto de 2011

Seriam... (republicação)




Seriam as flores
reservatório de cores,
endereço indicado
das bailarinas borboletas
e dos galantes passarinhos,
que por beijá-las
lhes leva o nome?
Seriam os rios,
curvilíneas paragens,
caminhos de água,
que a suprir essa sede
transborda pelas margens?
Seriam as montanhas,
e às vezes os montes,
imponente relevo
que delineia os olhares,
e garante limites
entre céu e a terra?
Seriam por ora os lagos
como cacimba gigante,
abastando os reflexos
dessa nuvem caminhante,
que vem e que vai
e depois em chuva se cai?
Seria poesia, esses versos
transversos e oblíquos
 
quando escrito em negrito
no papel reciclado,
e negado o declame, 
porém pelo poeta premeditado? 
                  ...eu creio que sim...
                  Mas não é o meu crer,
                  a lhes conferir pertinência,
                 são o que são
                 pela própria transparência da essência!






(republicação)
imagem: google

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Repercussão...


Não surgiram essas flores


de desatentos momentos.
São regalos intencionados
dos profícuos instantes,
da “grandura” das planícies,
da “vastura” dos horizontes,
da larguesa dos mares
e da sutileza das fontes...
Foi do “bradante” movimento
de Duendes pinceladas
a se derramar em mil cores
como  lava amanhecida,
tatuando na pele da terra
a explosão florescida das flores...


imagem: google

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Redemunhos... Esse ar que chega em mim... (republicação)



Quando passa na janela
um rasante vento raso,
e espia casa adentro
arrepiando um contexto tão parado...
Não resiste, entra e sacode os desalentos,
espanta essa poeira que encobre os retratos,
que registraram os fatos numa imagem congelada,
movimenta os aventais que estão estendidos,
desesconde escondidas intenções...
Muitas vezes traz consigo um temor
que remexe nossos medos,
abre as tolhidas portinholas
que segredam as guardadas emoções...
Eles voam em redemunhos
que acordam atitudes,
que sacodem as ações
num pedir vivência à vida...
Mas por outra ventania,
que também entra e arrepia,
nos descobre os leves sonhos,
vira as folhas de um livreto
que nos tem em livre escrito,
mas não lemos já faz tempo...
E esse vento ventania
vem então nos acordar,
sua missão evidencia,
nos assopra dentro d'alma
que viver é alegria,
que viver é só magia...


imagem: google