sexta-feira, 20 de março de 2009

Carências...


Ah! Que carência de leveza
a transbordar das almas todas...
Das almas que deveriam
emanar brilhos e lampejos
de sol, de luz, e de cor,
simplesmente serem amor...
Ah! Que carência que temos
de promissores caminhos largos,
emissores de paz e flores
para um convívio pleno,
promovendo os labores
que nos aterrizam por aqui...
Ah! Que carência de voz,
na ausência do som da vida,
na mudez dos ventos calados
que não mais cantam estações,
e nem sustentam sonhos alados...
Ah! Que carência que temos
de não ter carência na alma
e de ser apenas vivente,
ser estrada, rio e ponte,
ser como estrela cadente
que um dia caída do Céu,
plantou-se no horizonte...
                                         ... Ah! Que carência de Céu...

imagem: sozinha

3 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Ah! Que carência de voz,
na ausência do som da vida,
na mudez dos ventos calados
que não mais cantam estações,
Lindo, muito lindo.
Abraços:Eduardo Poisl

Babes disse...

Carências que se desvanecem... Na riqueza das tuas palavras!!


Lindo!


Meu beijo lançado ao Oceano, para desaguar na praia da tua Alma

Cris Sousil disse...

Que carência minha doce amiga... realmente estamos cada vez mais carentes das coisas mais simples e preciosas, estamos carentes de saber amar e sermos amados.
Sorte que há uma carência que náo envolve seus leitores: a de deliciar-se com uma bela poesía.
Também estou com saudades, tenho novidades pra contar. Náo aquela esperada, mas uma nova caminhada que se inicia.
Beijos de sua admiradora e amiga.